segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Natal

Lourdinha Leite Barbosa

Braços se abrem, largos sorrisos,
passos adentram solar amigo.
Não trazem ouro, incenso ou mirra,
mas dizem versos, que espargem luz.
Vêm repetir gestos antigos,
compartilhar os seus escritos.
Braços se fecham num forte círculo
Fazem cirandas e cantam hinos
E abraçam unos o Deus Menino.

6 comentários:

Francisco Domingues disse...

Olá, Lourdinha!
Entrei para desejar-lhe um óptimo 2011 cheio de sonhos realizados. E, a propósito do Deus Menino, gostaria de deixar um pensamento talvez tolo, mas interessante para quem gosta de questionar o legado dos nossos antepassados:
Acabámos de celebrar o Natal e... sabia que o Natal não existe? Curioso, não é?
Pois: o Natal foi inventado pela Igreja para “cristianizar” as festas pagãs em honra dos deuses solares, Mitra e outros, que se celebravam, por todo o império romano, ao redor do solstício de Inverno, como início do renascimento para uma vida nova, a da Primavera. Teve o seu aparecimento no s. IV, na Igreja Ocidental (25 de Dezembro – calendário Gregoriano) e no s. V na Oriental (7 de Janeiro – calendário Juliano). A narrativa do nascimento de Jesus de Mateus, ampliada por Lucas (nada sendo referido nem em Marcos nem em João), uma e outra são puras invenções sem qualquer credibilidade histórica nem qualquer verosimilhança (No inverno, os pastores não dormem ao relento...) Portanto, o Menino Jesus do catecismo não existiu. Muito menos o Deus Menino! E o mundo inteiro festeja algo de inexistente... Dá que pensar, não dá? (Ver mais no meu blog “Em nome da Ciência” cujo acesso é: http://ohomemperdeuosseusmitos.blogspot.com)
Agora, associando-me ao luto de nossos irmãos brasileiros e fazendo votos para que semelhantes tragédias não voltem a acontecer aí no país irmão, uma outra ideia: apesar das catástrofes que vão acontecendo pelo mundo, com muita probabilidade provocadas pelas alterações climáticas e ambientais devidas à acção do Homem, o mesmo Homem, através dos seus governos subjugados aos interesses económico-financeiros de alguns (5% da população mundial, isto é, os que detêm 95% da riqueza produzida à face da Terra), não vai pôr-lhe cobro; preferirá assistir a novas catástrofes em que, como de costume, os mais fracos e pobres são os que irão continuar a sofrer. Inutilmente! Há que lutar para mudar estes sistemas e estes modelos não só políticos mas também económico-financeiros. Como? – Ver no meu blog “Ideias-Novas” cujo acesso é: http://ummundolideradopormulheres.blogspot.com
Francisco Domingues

Reinventandos--se disse...

Você tem toda razão,estamos destruindo a natureza com o apoio de nossas leis, que permitem a construção de moradias em áreas de risco.

Graça Pereira disse...

Um poema diferente...e tão maravilhoso!!~Beijo
Graça

Fabiana Guimarães disse...

querida professora,
fui sua aluna na uece,
adorava suas aulas.a achava linda,encantadora...
morria de vontade de lhe reencontrar.
estou super feliz por finalmente isso ter acontecido.
bjs

Carmem Teresa Elias disse...

Assim também a literatura nasce, renasce e nos ilumina a cada nova leitura...

Alberto Afonso disse...

Lourdinha,
Passei outras vezes aqui e vejo que estás um pouco afastada. Certamente como outros, sinto saudades dos teus escritos e da tua presença...
Um carinhoso abraço.