Amor sem limites
Para agradá-lo troco de pele,
corto o cabelo. Se duvidar,
viro ao avesso, conto até mil
e, nua em pelo, deito no colo
do sete-estrelo.
Para alegrar nosso chamego,
faço uma fogueira, convido a lua,
e vaga-lumes trago ligeiro,
peço que fiquem nos meus cabelos,
iluminando como sendeiros.
E quando o tempo se esgarçar,
invento nuvens para cobri-lo,
invoco deuses para niná-lo.
Quem sabe assim agradecido
me surpreenda com uma cantiga
suave, terna e muito antiga.
4 comentários:
Esses versos refletem a sensibililidade da poeta e, ao mesmo tempo, a consciência técnica da professora, que entende o texto literário como um trabalho de linguagem. Belíssimas imagens!
beijo, Aíla
Oi Lourdinha,
O Alexandre me passou o endereço do seu blog.
Estou "xeretando"... e adorando!!!!
Não sei se vc lembra de mim...mas a conheci através da Fabíola.
Vc foi algumas vezes ao atelier ver minhas bijouterias.
Lendo os seus textos sinto que vc escreve com a alma... não é só o dom de escrever...é mais q isso...
Estou encantada...
Bjs
Ivone Alice
Oi, Lourdinha, que sensível, que bonitinho, parece resuscitar uma delicadeza que não existe mais. Amei. Vicência.
Postar um comentário